terça-feira, 10 de julho de 2012

The Long Road

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Boa tarde a todos.

Sabe quando você está em um momento ruim, de repente consegue engrenar um bom momento, positivo, acelera, passa a quarta marcha, a quinta... mas aí chega uma curva fechada e você, cheio de confiança, resolve acelerar pra ver no que dá e bate de frente no muro?

Se não, eu te conto o que acontece. Você sobrevive. Incrivelmente. Tira os pedaços carbonizados de carro e tijolos de cima de você. Vagarosamente, bem vagarosamente. O medo de mover cada pedaço e não conseguir ter forças nem para olhar para o próximo é dominante, então tudo é lento. De vez em quando você lembra que está dentro do carro e quer sair por aí acelerando de novo, como se fosse capaz de fazer com que tudo se reconstituísse num passe de mágica... começa a tirar como um maníaco os pedaços que te soterram... mas aí um maior acima de você se desprende, dá uma bela pancada na sua cabeça, e você passa mais uns dias grogue e lento, para aprender a saber contar até dez e controlar os impulsos que nada fazem além de aumentar seu martírio.

Bem. O processo continua. Sair de uma situação dessas é tão fácil quanto atravessar nadando um trecho do pólo norte sem equipamento de mergulho quase nenhuma roupa de proteção. Se você não for com calma, parar para se aquecer e respirar, você morre. Se olhar para trás, desiste. Então, a única forma é continuar, com a cabeça no lugar, evitando pensar muito sobre passado e futuro, mirando nos seus objetivos de curto prazo e se satisfazendo com as pequenas conquistas, porque são elas que vão alavancar uma melhora, que vão finalmente retirar o entulho e permitir sair do carro destruído e recomeçar toda a caminhada.

Constantemente escuto as pessoas mais velhas ou mais ousadas do que eu falarem a famosa frase: saia da sua zona de conforto. Vamos ser práticos e honestos: é difícil pra caramba pegar essa simples sentença e aplicar na vida real, no cotidiano, e não em uma situação ou outra. Na prática, a impressão que eu tenho é como se eu tentasse arrastar uma carga de uma tonelada puxando com um fio dental. Não importa o quanto eu puxe, ela parece que está absolutamente parada. De vez em quando anda um pouquinho, bem quando eu estou querendo parar de puxar, e aí fico todo feliz. Volto aos trabalhos com vontade redobrada... mas a carga não anda. E o processo recomeça.

Outra frase costumeira é que antes de tempos bons, sempre vêm os difíceis. E eu acredito nisso. A maior parte das pessoas se contenta com situações medianas, vidas medianas, pessoas medianas, empregos, casas, objetivos medianos. Acredito que o simples motivo é: o mediano é mais fácil de ser atingido. Mire mais alto do que consegue enxergar, e você sabe que terá um trabalho longo e árduo pela frente, em uma caminhada que parece só trazer incômodos e dores. Após caminhar o que parecem ser dias, o pensamento é: agora está chegando, né? Porém, após contornar a próxima curva fica bem claro que o final do caminho segue tão distante que mesmo sob um céu azul e visibilidade perfeita a estrada segue a perder de vista. E se olhar para trás, o ponto de partida está lá, como que rindo da sua cara.

Qual a conclusão disso tudo? Não sou nem um pouco experiente em sair da minha zona de conforto e enfrentar situações limítrofes que te desafiam além do que você acha ser possível encarar. Tem sido difícil como poucas coisas até hoje. E o processo mal começou, para ser franco. No entanto, se eu quis tanto isso, vale a pena insistir. A dor inerente, a impressão pessimista de que cada dia se avança menos do que o anterior, fazem parte do desafio e do processo. Negar e retornar ao ponto de partida pode trazer satisfação momentânea, mas é inútil - servirá apenas para me lembrar que eu já estive aqui e mais uma vez fui mal sucedido em atingir o que eu me propus a atingir. Portanto, meu caros... se vocês estão insatisfeitos realmente com algo nas vidas de vocês... por que não se permitir? Se desafiem. Saiam, sim, da zona de conforto. Quem disser que é fácil está mentindo. Quem disser que é difícil, também. É muito mais do que difícil. Mas eu prefiro crer que o esforço se paga no final da caminhada. Nem que seja por olhar para trás e, desta vez, ver o caminho percorrido a perder de vista e pensar: uau... eu realmente cheguei aqui. Achei que ia cair no início do caminho, realmente isso quase aconteceu.. mas eu cheguei. E poucas coisas tem uma sensação mais gostosa do que a de missão cumprida.

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