quinta-feira, 11 de outubro de 2012

[filosofando] Somos uma simulação

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Vocês devem conhecer a teoria de que existe uma possibilidade de esta vida que nós conhecemos ser apenas uma simulação rodando em uma rede de computadores ou videogames no futuro. Vamos dar uma viajada nesta teoria? Aqui segue um diálogo de um indivíduo questionando um conhecedor desta suposta realidade...


- Me explica isso direito. Se é um jogo com várias pessoas conectadas nele, devia ser cheio de gente morrendo por aí, simplesmente tombando na rua, do nada, toda vez que um jogador do futuro abandona um de nós, desinstala o jogo ou algo do tipo. Como é que isso não acontece?

Há um sistema inteligente de intercâmbio e sugestão de novos ´personagens´ para os jogadores. Enquanto um jogador não toma controle daquele personagem, ele ou segue ações sugeridas pela comunidade para personagens livres, tem laptops de ócio criativo (mais sobre isso abaixo) ou é controlado brevemente pela inteligência artificial. Estes momentos depois serão vistos como ´uma época em que desperdicei muito tempo da minha vida´.

- Como explicar as épocas da vida, quando viramos rebeldes, radicais, certinhos, metaleiros, esportistas...?

Diferentes jogadores tem diferentes estilos e desejos para seus personagens. Portanto, uma troca de personagem para outro jogador resulta em geral em uma alteração radical de estilo. Outras alterações podem vir por mudanças repentinas de opção de um jogador que já controlava o personagem antes. Surtando um pouco, esta súbita alteração de comportamento do jogador pode ser resultado de uma mudança de controle dele por parte de um player superior - ou seja, o futuro que nos controla é controlado por um futuro mais distante.

- E as guerras?

Ora, meu amigo, todos sabemos que os seres humanos adoram guerrear em jogos! Vejam o sucesso que jogos de matança fazem. Isso ajuda a explicar, embora não seja a única explicação plausível de modo algum, o fato de as guerras nunca, nunca acabarem, não importa o que iluministas, modernistas ou pós-modernistas digam, teorizem, planejem ou o raio que o parta. Tirar a matança? Nem mesmo com DLC. Isso significaria a perda de pelo menos metade dos jogadores e até a eventual falência da empresa gerenciadora do jogo em questão.

- Mas e as nossas ações, conquistas, vitórias de vida...? E os fracassos, mortes..?

Tudo vem do desejo dos jogadores e da relação que estes provocam dos personagens uns com os outros - seus ou de outros jogadores. Esqueça a linda teoria de que você tem o controle da sua vida. Nah. Suas conquistas e seus fracassos são resultado da ação de quem está acima de você. És apenas uma marionete, meu caro amigo.

- Mesmo os vícios?

Bem, aí depende. Todo personagem já é pré-programado para ter algum comportamento específico, baseado na personalidade escolhida pelo jogador. Portanto, alguns hábitos do personagem podem ser fruto desta programação prévia e não da ação direta do jogador. Se você tem uma ação que desempenha com frequência e pelo menos em metade das vezes interrompe esta ação no meio - escrever uma música, ver um programa de TV, o que seja - saiba: é uma ação programada sua que foi interrompida pelo seu jogador. Sorria para a câmera, você está sendo controlado!

- Uff... mas se é assim... e o ócio?

Boa pergunta. O momento em que você está olhando para cima, de pernas pro ar, sem nada pra fazer, aquela hora em que nada, nem mesmo seu hábito corriqueiro, te apetece, saiba: seu jogador está AFTK. Fora do teclado. Esqueceu o jogo ligado com você na tela em um modo que inabilita ações próprias. E aí amigo, este ócio vai continuar até que o jogador retorne ou seja quicado do servidor (sim, isso ainda acontece). Este período de limbo dentro do jogo é o único que se trata de uma certa zona... cinzenta, onde coisas estranhas acontecem. Personagens já tomaram consciência de sua real existência nestes estágios e fizeram das coisas mais loucas, de rir como loucos para toda a eternidade (bug fatal), desistir de ´viver´ ou até mesmo virar fã de pagode, funk e Justin Bieber, tudo ao mesmo tempo.

- E aí... comofaz?

Agora que você sabe desta cruel possibilidade... você pode só virar pro canto e ir dormir, ou ver Avenida Brasil (não se engane, é só o seu jogador que se conectou no jogo). Ou então pode resistir. Passar a mensagem adiante. Informar amigos e inimigos da realidade da forma mais convincente possível. Sim, é bem verdade que se nos rebelarmos, isto pode significar o fim deste planeta como o conhecemos, e da nossa vida como um todo - a máquina desliga, a gente morre. Mas acaba o teatro. Estamos evitando que outros tantos como nós, que são inseridos no jogo a cada segundo, venham a sofrer o mesmo processo de enganação, levados a crer que tem um coração que pulsa e escolhas pela frente quando não passam de bytes em um servidor, prontos para serem controlados ao bel prazer de um desconhecido futuróide. Lutar para apagar as luzes... ou viver feliz na ilusão? Sua escolha.

- Uma última pergunta... você é daqui? É um dos do futuro? É um dos que acordou durante o ócio? Como está vivo, não te perseguem?

Estas respostas vão ter que ficar para uma outra oportunidade... junte seus amigos e teorize. Vocês podem ter epifanias tão inacreditáveis que vão ter vislumbres de uma outra vida até então desconhecida por vocês...

Um comentário:

  1. Gostei muito do texto! esse tema daria uma excelente conversa. Somos os nossos proprios avatares do the sims... Os meus, pobres coitados, estao no ocio faz meses....

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