sexta-feira, 26 de abril de 2013

[Diários de Guerra] Mês 2

Gostou deste artigo? Então clique no botão ao lado para curti-lo e Twitta-lo!!
Boa noite! Sim, eu estou de volta, e resolvi recomeçar resgatando um post das antigas... uma das séries que abri e não continuei. Vamos ver como continua a batalha entre Protoss e Zergs!

Link para a primeira parte: http://elabateaporta.blogspot.com.br/2012/08/diarios-de-guerra-mes-1.html


Diários de Guerra

Mês 2


Tiros. Gritos. Foi difícil conseguir me comunicar enquanto isto tudo acontecia. Na verdade, eu estava lutando pela minha própria vida, sem qualquer chance de registrar o que se passava. Em um momento tinha guerreiros ao meu lado. No outro, como em qualquer guerra, precisei vê-los morrendo. Em geral, nas batalhas onde tomo parte, muitos do nosso batalhão morrem pois somos a vanguarda, mas levamos muitos conosco. Ah, foi uma visão animadora. Um solitário Cristal estava ainda de pé, fornecendo energia para um portal e uma nova estrutura: o Santuário das Trevas estava completo e funcional. A transdobra era um solitário mas crucial Templário das Trevas (TT). Veja, esses estranhos seres são invisíveis, passíveis de detecção apenas por estruturas muito específicas ou um radar dos terranos. E para a nossa sorte, nada disso estava disponível para os inimigos. O jovem TT começou a fatiar para lá e para cá sem que a força rival sequer entendesse o que estava acontecendo. O rapaz era rápido, então eles poderiam estar sendo atacados por um por meia dúzia de TTs, não tinham como dizer. Cinco soldados e três zergnídeos morreram antes que os caras se dessem conta do que estava acontecendo. Foi apenas quando o enorme tanque de cerco explodiu que o inimigo se mexeu. Bateram em retirada, com o rabo entre as pernas.

No entanto, desta vez, foi um massacre. Tive que recolher o meu enorme orgulho protoss entre as pernas e dar no pé, da forma mais lamentável possível: esperar uma enorme massa inimiga entrar na base e em seguida passar pelas costas deles, correndo com toda a velocidade que conseguia reunir. Isto não deu certo, pois fui visto por um trio de zergnídeos. Lutei o quanto pude contra eles, me restando nada além de um fiapo de energia. Contundido e sem muitas esperanças de sobreviver, me escondi novamente na base, atrás da linha de minérios, esperando apenas que toda ela fosse liquidada, a Nexus por último. As pobres sondas corriam em alvoroço, embora sejam apenas robôs. Algumas simplesmente desistiram e estavam paradas esperando pelo fim, assim como eu.Incrível como nossos oponentes estavam fortes. Zergnídeos, dezenas deles, ágeis como o vento. Só que um vento feio, imundo e fedorento. Baratas... sim, mas baratas blindadas, um gênero Zerg que Protoss terrestre nenhum gosta de encarar. Além de enormes e capazes de se enterrar em segundos, ainda soltam um detestável ácido verde. O pobre Alex que serviu comigo na batalha do Vale ganhou vários esguichos durante a luta e até hoje tem as marcas esverdeadas pelo corpo, e ele diz que ainda sonha com as aberrações durante a noite.

Quando eu esperava apenas por ter o último vislumbre de um jato de luz ou de uma gosma verde e então ser levado para a plenitude em Âiur, vivendo como uma alma resplandescente, ouvi o conhecido som de transdobra. Criei coragem, abri os olhos e corri para trás da Nexus, espiando pelo canto para ver o que havia acontecido.Foi heróico... mas a essa altura pouco sobrou da base, e em breve eles retornariam com capacidade para detonar com qualquer Templário das Trevas. E com certeza, com raiva. Muita raiva.Felizmente nosso Imperador não estava parado. Mandou os remanescentes para suas posições - eu e o TT para a porta da base. Mais um TT foi transdobrado, mas pelo visto não havia mais suprimentos. Então as poucas sondas restantes começaram a trabalhar novamente, e a Nexus estava começou a produzir e a acelerar a produção de novas.


***

Recebemos relatórios da situação no restante do planeta, e eu não sabia se comemorava ou me entristecia. Aparentemente ocorreram ataques simultâneos. Enquanto os Zergs nos atacavam com apoio parcial de outro Terrano, o restante das tropas dele se juntou ao terceiro Terrano do grupo e eles atacaram nosso aliado Protoss, que foi totalmente devastado. Em retaliação, nosso aliado Terrano foi até a base de um deles com uma frota de Vikings e destruiu tudo. Enquanto ele atacava, a força dupla Terrana entrou na base dele e acabou com tudo também. Sem mais bases, a frota foi ousada e partiu para o ataque em cima dos Zergs, enquanto a tropa zerg, que estava de tocaia no meio do mapa, voltava para defender a base. Os vikings fizeram seu trabalho, mas não antes de evitar a presença da tropa inimiga. Resultado: todas as bases destruídas, exércitos liquidados. Restou o ajuntamento de terranos que derrotou nossos aliados. De resto, somos nós, extremamente enfraquecidos, e o grupo Terrano rival, bem mais preparado do que nós, mas que teme o que faremos com nossos TTs. Neste exato momento, devem estar preparando naves detectoras contra nós.


***

Olá. Aqui é o Jonah. Hoje pela manhã, enquanto destruíamos o pouco que restou da base Protoss inimiga, encontrei este diário junto ao corpo de um combatente fanaticus. Li os textos, foi um momento particularmente prazeiroso do meu dia. Até li uns pedaços para os rapazes soldados aqui do grupo. Ah sim, não me apresentei. Jonah Sonam, demolidor, um dos muitos da nossa tropa. Somos jovens mas não há dúvidas que vamos levar essa  guerra. Os oponentes estão em fuga e são poucos. É apenas uma questão de batermos o mapa para termos certeza da vitória. Uma infeliz frota Viking dos inimigos destruiu nossos dois aliados (os vingamos derrotando outros dois oponentes), não fosse isto agora estaríamos todos juntos festejando nossa conquista. Não que eu fique triste em me ver livre dos Zergs, veja bem, ninguém gosta daquela mistura de inseto com lama... mas sinto bastante pelos nossos irmãos terranos que pereceram. Bem, é uma guerra e sempre há perdas para todos os lados.
Por algum motivo, decidi continuar este registro aqui. Vai saber, minha mulher sempre pediu para eu contar histórias da guerra e eu nunca tive brios para isso. Não há alegrias no campo de batalha. Quem sabe depois de ler estes registros, até manchados de bioplasma protoss, ela não se convencerá disto?
Mandamos batedores na noite passada para todos os cantos do mapa. Também construímos quatro quartéis no centro do mapa, deste modo teremos controle de todas as passagens com uma larga produção de tropas e ... mas o quê?
...
Um trêmulo recruta acaba de me trazer a notícia de que os quatro quartéis foram postos abaixo. Todo o grupo novo foi dilacerado. O único sobrevivente foi este rapaz, branco como giz. Ele diz que nada viram para se precaver do ataque... apenas nuvens translúcidas disformes.
Malditos Protoss. Os Templários estão vindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário